terça-feira, 20 de novembro de 2007

A Bibliotecária

Era bibliotecária, passava as manhãs, bem desperta pelo café, folheando aquelas páginas amarelecidas de livros velhos. Alguns eram tão velhos que quando largados sobre a mesa soltavam uma poeira mofada que lhe entrava pelos olhos e lhe dava uma coceira aguda. Coçava com vontade os olhos com os dedos sujos pelas páginas amareladas dos livros velhos e tudo piorava. Seus olhos ardiam profundamente. Então desistia de coçá-los e voltava os dedos e os olhos para as suas preciosidades antigas.
Passava as manhãs assim, procurando alguma coisa entre as páginas de livros mortos e esquecidos nas estantes daquela biblioteca centenária.
Às vezes se sentia viva, às vezes se sentia morta.
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E fim de papo, acabou a história.

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