O dia bonito lá fora não me incomoda mais. As nuvens branquinhas e o azul, “aquele azul que deslumbrava e endoidecia a gente” (realmente, tem dias que endoidecia mesmo) não me fazem querer fechar as cortinas e ficar tranacafiada dentro de algum quarto com a minha irritação e meus pensamentos e meus problemas irresolvíveis. Não. O sol rachando os quengos lá fora não me incomodam mais. Agora é diferente. Eu quero estar lá fora também. Aqui dentro não tem graça, aqui dentro não tem nada pra fazer. Não, não, não.
Não vou ficar lendo um livro, nem tirando um cochilo. Eu quero a rua e quero agora. Eu quero a rua, com fumaça ou sem fumaça. Eu quero gente e não importa como elas sejam. Pode ser um mendigo sujo ou um alofadinha tentando me convencer de algo. Pode ser qualquer coisa. Não importa. Eu quero e quero agora. “Mas, garota, não vão te faltar oportunidades de sair.” Foda-se as outras oportuinidades, eu quero essa e essa não pode me faltar.
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