quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Quando a dor vem, ela chega bem vinda
já era de se esperar a sua chegada
sabia-se que mais cedo ou mais tarde ela viria
ela sempre vem
o frio congelante do inverno sempre chega

já não se foge mais em desespero
já se dispensa o cobertor quente
o pé vai gelando aos poucos

quando a dor chega
ela pega um copo, se serve e senta do meu lado
a gente conversa a madrugada toda
quando eu acordo, ela já se foi
eu faço café, ligo uma música e deixo rolar

é preciso curtir
não se sabe quando ela vai voltar
Ninguém precisa ser uma coisa só a vida inteira.