sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Nossa senhora, eu escrevo uns troço muito ruim, não sei como eu ainda tenho coragem de continuar hahuhauhuauhahuhuauhahhuauhahauhuahau

Praia: um estado de espírito

Ai meu deus, que saudade de ir pra praia. Mas não posso nem pensar em praia que chega a me dar agonia de tanta saudade que eu tô de praia e de tanto tempo que eu tô sem ir.
Mas agora nem vou me estressar porque do jeito que esse tempo tá chuvoso, nem vale a pena pegar uma praiana. Imagina? Se depilar toda, fazer um regiminho pra caber no biquíni, ficar com tudo em cima pra nada? Pra chegar lá e não pegar nem uma corzinha, pra sair de lá sem o gostinho de ter sido tocada pelo sol, sem nenhuma marquinha de biquíni pra contar história e, ainda por cima, se bobear passar um frio danado com aquela ventania de praia que deixa o cabelo tão enfarofado que não passa nem um alfinete. Ah não, não vale a pena não.
Porque praia é bom no verãozão mermo, sabe. É bom quando tá aquele calorzão com aquele solão que chega a rachar o quengo da gente e a gente fica debaixo do sol se escaldando, sentindo o coro queimar... e quando entra na água a pele chega a fazer tshhh!!! de tão quente. Aí vai esfriando aos pouquinhos e a gente vai se refrescando... Que beleza!
Bom também é quando tá muito quente e a água tá aquela geladeira. Pra entrar é um sacrifício, a gente dá um pulo pra trás quando a água bate no pé e depois que vai entrando na beirinha o nosso pé chega a ficar com dor de cabeça de tão gelada que a água é. Mas depois que acostuma, não quer outra vida, fica que nem pingüim no gelo, só se refrescando, nadando naquele piscinão que é o mar. Que delícia, meu deus! Não tem coisa melhor que isso não. E a pele? A pele parece que ta nascendo de novo naquela água revigorante. E o cabelo então? Ah o cabelo nem se fala. Fica sedosinho. Não existe melhor produto de beleza do que esse não, gente.
Bom também é a hora que a gente sai da água. A gente saí com o dedo murcho, sem nem sentir direito o pé, aí bate aquele ventinho, “uuhh!!” com aquele friozinho que a gente chega a se tremelicar toda. Aí vai direto pra areia se esparramar no quentinho. Tem gente que nem pensa duas vezes, se taca na areia e fica lá, que nem frango empanado, nem aí pra nada, com areia por tudo que é lado se esquentando de novo. Mas assim mesmo que é bom, ficar ali entregue à areia sentindo aquele ventinho de praia com o sol batendo na pele e com a cara virada pro lado olhando pro mar verdinho batendo no céu azulão, “aquele azul que deslumbrava e endoidecia a gente”: Meio dia a gente foge, “a areia tá pelando”. Ah mas é tão bonito, o azulão encontrando com o mar, lá longe... no horizonte, “onde a água e o céu dão um abraço infinito”.
Eu me esparramo na areia quando o frio tá demais, dispenso a canga e vou logo me tacar na areia quentinha pra ver se esquenta mais rápido. Pra que ser fresca e cheia de nojo se eu posso ficar me empanando, farofando e dando umas roladinhas na areia pra fazer estilo bife à milanesa? As pessoas podem falar o que for, mas não tem coisa melhor não. Sou farofeira mesmo. Quem nasceu pra arroz com feijão nunca chega a scargot, graças a deus. Ai, por que que eu relutei tanto contra isso? Como eu fui boba, como eu fui burra.
Tem coisas que lá no fundo a gente sabe que é, mas demora à beça pra aceitar...