quinta-feira, 25 de outubro de 2007

Às vezes
Peido

E fico sentindo o cheiro
Que veio de dentro

Às vezes peido
E percebo

Como eu sou podre
Por dentro
Olha que coisa mais linda:


ROSA RILKE RAIMUNDO CORREIA

Uma pálpebra,
mais uma, mais outras,
enfim, dezenas
de pálpebras sobre pálpebras
tentando fazer
das minhas trevas
alguma coisa a mais
que lágrimas

(Paulo Leminski)

quarta-feira, 24 de outubro de 2007

Quem odeia ama, ama de amor apaixonado.

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Acho que eu já postei isso antes, sei lá. Tava aqui no caderno, tô passando pra cá.
Não existe uma verdade
Existem várias verdades

Só sei que agora
eu tô com saudades

sexta-feira, 12 de outubro de 2007

Gente chata. Gente medíocre. Gente que tenta gostar de música porque é cool. Gente que ouve música sem gostar. Gente que soa fake. Gente que é fake. Gente que vai a shows pra pegar alguém. Gente que usa camisetas de banda porque é bonitinho. Gente que fala, fala e não diz nada. Gente que gosta de fofoca. Gente que não tem vida. Gente que não tem vida e parasita a dos outros. Gente chata. Gente medíocre.
Enchi o saco.
(Clarah Averbuck)

Putz, essa mulé é muito foda...ta que pariu...vai ser boa assim na praia...
Baby, depois de você eu aprendi a ter alma.

quinta-feira, 11 de outubro de 2007

Ai, como é difícil escrever o que eu tô pensando. Principalmente quando o que eu tenho que escrever é em linguagem formal. Ai, trabalhos, ai trabalhos de faculdade... Por que vcs sempre dão um nó na minha cabeça??? Ai, acho que se tivesse que falar seria mais fácil. Eu falava, falava, enrolava, faria gestos, encheira lingüiça, repetiria tudo de novo, botaria uns "tipo", "aí", "né" no meio da fala e no final ainda mandaria o básico "entende?", sem saber se eu estaria ajudando ou enrolando mais a cabeça da pessoa, hehehe... Caralho, como é difícil dizer o que se pensa, meu deus!
E eu que dô sempre a idéia pras pessoas de escrevre tudo como se fala e depois adaptar pra linguagem culta nunca faço isso...ta que pariu....ai não consigo, não consigooooooouuuu. Porra!

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Isso aqui tem o objetivo de ser um desabafo né? Mas desabafo consiste em desafar com alguém, seja divertindo ou perturbando mais a cabeça desse outro alguém. Mas ninguém lê o meu blog. Então como pode ser um desabafo, meu deus? Acho que eu tô ficando maluca, ninguém lê isso aqui... Ah, mas eu penso, imagino, fantasio que alguém lê. Tá publicado então alguém vai ler né? É, claro! Então tá bom, vou continuar postando. Hahahaha...aí eu caio da cama e acordo. Ninguém lê porraaaa, acorda, burraldina! Ah, mas um dia alguém pode ler né? Então deixa aí, pelo menos tá publicado.

That's ok, that's ok.

Beijoooooooooooooooooooooooooooooooossss, muitoooooooooooss.
Liga não tá? Hj eu tô com vontade de mandar beijo.
Tchau.

quinta-feira, 4 de outubro de 2007

ARQUITETURA

De vez em quando eu vou pra varanda fumar um cigarro. É bonzão ficar lá fumando um cigarrinho e pensando na vida, nas coisas, nas pessoas, nos meus amigos, nele, naquele e em todos esses caras que deixam a gente de quatro, sem fôlego nem vontade de parar.
Sempre fico lá observando as janelinhas dos outros prédios. À noite cada janelinha é um quadradinho amarelo que a fumaça se encarrega de transformar em mistério.
Na noite passada fiquei lá pensando nos meus amigos, só neles, foi tão bom. Parecia que eles tavam lá comigo fumando também e falando besteira. Cada trago era uma besteira que alguém falava e me fazia rir, rir pra caralho, que nem uma hiena mongolóide.
Também tem vezes que eu fico lá sozinha, só fumando e peidando, é tão bom. Não tem ninguém pra olhar pro lado e te acusar com olhos condenadores de “caralho, foi tu que peidou né, ta que pariu... que mala”. Não, não tem. Nada disso existe na minha varanda. Sou só eu, a fumaça, os tragos e o gostinho de creme que uma amiga me mostrou; só isso. Mais ninguém pra me acusar ou cobrar nada, muito menos pra ficar me falando um bando de coisa inútil... Putz. Não sei pra que tanta social se eu posso ficar aqui, na minha varanda em paz.
Tem gente que fica catando gente na internet; eu prefiro imaginar os caras aqui, na minha varandinha. É tão agradável. Aqui acontece tudo, a gente troca sorrisos, fala besteira, fuma junto, conta piada, xinga pra caralho e beija, beija até dar vontade de trepar. A minha varanda é tudo, cara, tudo. É a Lapa, é os meus amigos na sala, é um quarto de motel, é um cara falando uma porção de clichezada romântica pra mim enquanto eu rio por dentro e me seguro pra não soltar um comentário sarcástico-escroto. É tudo isso. É a minha solidão tentando fazer de mim alguma coisa. Sou eu me entregando a ela sem um pingo de medo. Sou eu mandando ela vir, se sentar do meu lado e acender um cigarro também. É tão bom ter uma companhia pra fumar, cara. Tem vezes que nenhuma companhia é melhor que ela, a porra da solidão, por mais que ela tente nos queimar com o seu cigarrinho fedido.
Seja lá onde eu morar no futuro, quero que a minha casa sempre tenha uma varanda. Mas se não der pode ser um quintalzinho também.

segunda-feira, 24 de setembro de 2007

Não adianta, eu só funciono de madrugada.

sexta-feira, 21 de setembro de 2007

Eu tenho vontade de contar tanta coisa. Às vezes parece que eu vou explodir de tanta ansiedade de falar. Mas não tem ninguém pra me ouvir. Então eu escrevo. Até porque também é gostoso digitar, apertar esses botõezinhos e ouvir o barulho das teclas pressionada...hauhahuahau... Mas é sério. Tem horas que não tem jeito mesmo. O jeito é escrever, se não eu ex-plo-do...