Eu gosto do que eu gosto e pronto.
Se alguém não gosta ou acha ridículo ou tosco ou sem sentido ou não entende ou idiota, problema. Problema de quem não gosta eu não posso fazer nada. NADA!
Eu gosto porque eu gosto, porque eu acho bonito e poético e genial.
Eu gosto e pronto, não quero ficar explicando o meu tesão. Aliás, eu nem sei explicar o meu tesão, não sei nem quero saber.
Agora chega, eu não vou mais ficar me explicando.
Eu gosto e pronto, acabou. Assunto encerrado e não se fala mais nisso.
Bye!
quarta-feira, 27 de agosto de 2008
segunda-feira, 18 de agosto de 2008
quarta-feira, 13 de agosto de 2008
segunda-feira, 11 de agosto de 2008
quinta-feira, 7 de agosto de 2008
terça-feira, 5 de agosto de 2008
segunda-feira, 28 de julho de 2008
Ansiedade
Ela senta, levanta, faz xixi, senta de novo, cruza as pernas, lembra do cigarro, fuma com vontade, cheira a mão, lava com sabão, se olha no espelho, penteia o cabelo, passa batom, sente fome, vai ao mercado, puxa papo com o companheiro de fila, puxa papo com a caixa, ouve uma cantada cretina, se arrepende do shortinho, ouve uma cantada fofa, dá uma risadinha discreta, “ah shortinho bonito”, pega o elevador, passa na vizinha, faz fofoca, fala mal do cheiro, ou melhor, “DA MURRINHA” de cachorro no elevador, “ninguém merece essa vizinha porca que não cuida do cachorro direito”, abre a porta, fecha com raiva, bota uma música, dança com vontade, sua, se cansa, deita no sofá, pensa, pensa, pensa, se xinga de idiota e dispensa. O pensamento volta sozinho, se obriga a não pensar, pensa “ih tá passando a novela das seis”, vê novela, se irrita, xinga todo mundo, vê novela de novo, acha bonitinho, sente inveja do beijo, desliga a tevê. Toma banho, seca o cabelo, faz chapinha, passa um batom roxo bem forte, canta e dança ao som de Amy, passa desodorante, fica com os braços abertos embaixo do ventilador até secar. Põe a roupa, dá uma conferida geral no espelho, bate na própria bunda, “vão bora, gostosa!”, ri de si mesma, dá outra batida na bunda “vão bora, magrela!”, apaga a luz e sai. Pega o elevador, faz pose no espelho, mexe no cabelo, faz biquinho, beija o espelho, suja tudo de batom, dá uma lipadinha rápida e se manda pra rua. Vai pro ponto de ônibus no passo apertado. Nem ela sabe pra que tanta pressa, mas não quer nem saber, continua no passo apressadinho. Chega na Lapa, dá um gritinho básico quando encontra as pessoas, acende um cigarro, sorve a cerveja, fala, fala e fala. Quando acaba o assunto ela inventa, conta piadinha sem graça, pula e faz uma dancinha. Bebe mais cerveja, diz que tá com uma saudade de fulano. Quando o cigarro acaba ela esfrega as palmas das mãos no quadril, tenta conter o que tem dentro. Não consegue, tira o funk mais sórdido do momento e sai cantando e rebolando. Ela chora, ri e faz xixi. Ninguém agüenta mais tanta presepada, mas ela não consegue parar, ela precisa continuar. Ela abraça fulano, aperta beltrano e agarra ciclano. Ela perturba todo mundo. Ela cutuca e alisa só pra provocar. Alguém reclama e ela dá uma risadinha irritante, achando tudo uma beleza, super divertido. Ela sente vontade de armar um barraco só pra animar o povo, mas não tem com quem brigar. Ela desiste. O cansaço chega, ela senta e sossega. Dão seis horas da manhã, ela dá beijinho em todo mundo e vai embora. Chega em casa, vai tirando a roupa pelo caminho e taca tudo mo chão do banheiro. Arranca o sutião apertado com vontade. Se enfia só de calcinha debaixo do edredon toda feliz, sente o colchão macio e acha tudo muito confortável, “ai que beleza de caminha”. Tem um último pensamento antes de dormir “ai, adorei a noite de hoje”. Desaba na cama e se entrega aos braços de Morfeu sem culpa. Não há nada como saciar uma ansiedade.
quarta-feira, 9 de julho de 2008
Cansada
Eu desisto de me comportar
Desisto de pentear os cabelos e fazer a concordância das palavras
As pessoas me ouvem, viram pro lado e me olham como se eu fosse pobre e burra
Eu desisto de cantar o que é cult e interessante
desculpa, rock, eu te amo, mas agora não vai dar
vou berrando um funkão pelo meio da rua toda feliz
canto e penso que funk é a coisa mais genial que já podiam ter inventado
as pessoas me olham como se eu fosse baixa, chula e oferecida
Desisto de falar bonito e tentar parecer inteligente
eu levanto a mão e faço comentários bobos na sala de aula
as pessoas me olham como se eu fosse idiota e retardada
eu falo mais merda e dou um sorrisão, toda orgulhosa da abobrinha que eu soltei
Desisto de me dar ao trabalho de escolher alguma vestimenta aceitável socialmente
Desisto de dormir o suficiente para as olheiras se mandarem
me olham assustada e eu penso “Calma, moço, não me olha assim, pode ficar descansado que eu não uso drogas. Pelo menos não as ilícitas, eu acho.”
Desisto de correr atrás dos ônibus, vou andando calmamente até o ponto enquanto passam três que servem pra mim
entro e passo o riocard na moral, me jogo no banco, ignoro a velhinha que procura aflita por um lugar, relaxo e tiro o meu jaleco na cara de pau
me olham feio de rabo de olho
eu penso “nem adianta achar ruim, querida, riocard é o que há, eu vou continuar dando o meu calote de todo dia”
Eu desisto de “get a good grade”
peço ponto pra passar e a professora me esculacha
digo que a faculdade é muito importante pra mim
a professora me pergunta como? Se eu mal me esforço pra passar de período
eu me calo, desisto de argumentar
prefiro nem falar
que a faculdade é importante, não a matéria dela
Eu desisto, desisto, desisto
vou desistindo de tudo que me parece inútil
sigo sendo só esculachada
ó meu deus, estou sendo julgada!
ai, ai... me sinto tããão cansada
Desisto de pentear os cabelos e fazer a concordância das palavras
As pessoas me ouvem, viram pro lado e me olham como se eu fosse pobre e burra
Eu desisto de cantar o que é cult e interessante
desculpa, rock, eu te amo, mas agora não vai dar
vou berrando um funkão pelo meio da rua toda feliz
canto e penso que funk é a coisa mais genial que já podiam ter inventado
as pessoas me olham como se eu fosse baixa, chula e oferecida
Desisto de falar bonito e tentar parecer inteligente
eu levanto a mão e faço comentários bobos na sala de aula
as pessoas me olham como se eu fosse idiota e retardada
eu falo mais merda e dou um sorrisão, toda orgulhosa da abobrinha que eu soltei
Desisto de me dar ao trabalho de escolher alguma vestimenta aceitável socialmente
Desisto de dormir o suficiente para as olheiras se mandarem
me olham assustada e eu penso “Calma, moço, não me olha assim, pode ficar descansado que eu não uso drogas. Pelo menos não as ilícitas, eu acho.”
Desisto de correr atrás dos ônibus, vou andando calmamente até o ponto enquanto passam três que servem pra mim
entro e passo o riocard na moral, me jogo no banco, ignoro a velhinha que procura aflita por um lugar, relaxo e tiro o meu jaleco na cara de pau
me olham feio de rabo de olho
eu penso “nem adianta achar ruim, querida, riocard é o que há, eu vou continuar dando o meu calote de todo dia”
Eu desisto de “get a good grade”
peço ponto pra passar e a professora me esculacha
digo que a faculdade é muito importante pra mim
a professora me pergunta como? Se eu mal me esforço pra passar de período
eu me calo, desisto de argumentar
prefiro nem falar
que a faculdade é importante, não a matéria dela
Eu desisto, desisto, desisto
vou desistindo de tudo que me parece inútil
sigo sendo só esculachada
ó meu deus, estou sendo julgada!
ai, ai... me sinto tããão cansada
quinta-feira, 3 de julho de 2008
Espuma em Neve
Lavar a louça é uma coisa engraçada, eu sempre fujo, deixo pra depois, digo que vou dar um pulinho na vizinha e “quando eu voltar eu lavo sem falta”, adio ao máximo até não dar mais, até a caldeira de feijão que fica de molho com água e detergente começar a feder horrores e exalar aquele cheiro de podre que ninguém sabe da onde vem e me faz trocar o saco da lixeira umas três vezes num dia só, por mais que ela nem esteja cheia até a boca.
Então comigo é assim mesmo, eu prorrogo, enrolo, deixo sempre pra mais tarde. ‘Não vai lavar a louça não?” “Peraí que eu to terminando de fazer um negocinho aqui no computador, já vou”. E aí lá pra meia-noite é que eu começo a lavar a louça, quando não dá mais pra evitar, é que eu encaro a tarefa, mas não com tanto nojo e horror quanto as outras pessoas que detestam ter que encostar no prato todo cagado de algum molho e limpar aquele ralinho “nojento” cheio de resto de comida. Eu não, só de sentir aquele cheirinho de detergente já me animo, principalmente se este tiver um cheiro forte como os detergentes de limão e maçã. Ai, eu não resisto, adoro, é como se eu tivesse usando um desinfetante bem forte pra limpar tudo.
Eu não costumo contar isso pra ninguém não, porque não quero que ninguém fique pensando que eu sou Amélia ou tenho vocação pra tal, principalmente aquelas tias fofoqueiras puxa-sacos que me vêem fazendo isso e falam logo “olha que beleza de menina, já pode casar, minha filha”, o que me faz pensar “deus me livre casar com essa idade” e respondo logo “casar não, tia, morar sozinha, eu vou é lavar louça pra mim, não pros outros”.
Mas não tem como negar, o serviço sujo é comigo mesmo: lavar bem os pratos, esfregar a esponja encharcada de detergente no prato e ver aquela espumarada saindo pelos lados, deixando o prato bem espumado, bem limpinho, praticamente desinfetado.
Tem vezes que a esponjinha tá seca e mesmo eu despejando bastante detergente nela, ela não faz espuma direito, mal consigo sentir aquele “espatchi, espatchi” quando aperto com vontade pra ver a espuma sair braquinha por todos os lados. Aí eu vou e aproveito o filete de água que cai da torneira e roço a parte amarela dela na bica pra deixar tudo mais molhadinho e fácil de lavar.
Às vezes, quando despejo detergente na esponja e aperto um pouco ela pra ver se tá com sabão suficiente pra lavar os copos e tirar bem a gordura e as marcas de batom, vejo aquela espuma grande, densa e grossa surgindo do nada, bem rápido e hmm, me dá uma vontade de morder aquela esponja fofinha, cheinha de espuma e sabão, “hmm, que espuminha e que esponjinha gostosa!”.
Quando eu era criança eu fazia isso durante o banho. Mordia a esponja e mordia com força, era tão gostoso. Durante o banho eu esfregava bem o sabão na esponja molhada, apertava pra fazer se já tava produzindo espuma e mordia com gosto “ah como era bom, puta que pariu!”. Eu nem me importava daquela espumarada toda transbordar da esponja e entrar na minha boca, não tinha problema porque era uma delícia morder com força a esponja e sentir aquela sabãozada em forma de espuma enchendo a minha boca. E além do mais, eu ficava com a boca limpinha, com gostinho de sabonete lux ou qualquer outro que eu estivesse usando no momento. Muito bom!
Lavar a louça é a melhor limpeza que tem, não existe igual. Escovar os dentes, esfregar bem o chão com a vassoura pra lavar o banheiro e a cozinha, lavar roupa e outras paradas também são boas porque produzem bastante sabão, mas nada se iguala a lavar louça. É tão bom que tem vezes que dá vontade de pegar a esponja, entupir de sabão e sair esfregando a casa inteira, como se as paredes fossem uns pratos enormes e as janelas grandes copos de vidro e os azulejos do banheiro e da cozinha, louças de porcelana. Ui, ui, delícia!
Sabão, sabão, sabão... Espuma, espuma, espuma... imagina uma grande cachoeira de espuma? Hmm, e quando o frentista do posto resolve dar uma lavadinha nos vidros do carro? Ele pega aquele chumaço gigante de esponja e sai esfregando tudo. Eu fico lá dentro do carro só assistindo, me deliciando por dentro... ai, que inveja do frentista, queria tanto que fosse eu que estivesse lavando os vidros... é tão delicinha fazer isso...
Então comigo é assim mesmo, eu prorrogo, enrolo, deixo sempre pra mais tarde. ‘Não vai lavar a louça não?” “Peraí que eu to terminando de fazer um negocinho aqui no computador, já vou”. E aí lá pra meia-noite é que eu começo a lavar a louça, quando não dá mais pra evitar, é que eu encaro a tarefa, mas não com tanto nojo e horror quanto as outras pessoas que detestam ter que encostar no prato todo cagado de algum molho e limpar aquele ralinho “nojento” cheio de resto de comida. Eu não, só de sentir aquele cheirinho de detergente já me animo, principalmente se este tiver um cheiro forte como os detergentes de limão e maçã. Ai, eu não resisto, adoro, é como se eu tivesse usando um desinfetante bem forte pra limpar tudo.
Eu não costumo contar isso pra ninguém não, porque não quero que ninguém fique pensando que eu sou Amélia ou tenho vocação pra tal, principalmente aquelas tias fofoqueiras puxa-sacos que me vêem fazendo isso e falam logo “olha que beleza de menina, já pode casar, minha filha”, o que me faz pensar “deus me livre casar com essa idade” e respondo logo “casar não, tia, morar sozinha, eu vou é lavar louça pra mim, não pros outros”.
Mas não tem como negar, o serviço sujo é comigo mesmo: lavar bem os pratos, esfregar a esponja encharcada de detergente no prato e ver aquela espumarada saindo pelos lados, deixando o prato bem espumado, bem limpinho, praticamente desinfetado.
Tem vezes que a esponjinha tá seca e mesmo eu despejando bastante detergente nela, ela não faz espuma direito, mal consigo sentir aquele “espatchi, espatchi” quando aperto com vontade pra ver a espuma sair braquinha por todos os lados. Aí eu vou e aproveito o filete de água que cai da torneira e roço a parte amarela dela na bica pra deixar tudo mais molhadinho e fácil de lavar.
Às vezes, quando despejo detergente na esponja e aperto um pouco ela pra ver se tá com sabão suficiente pra lavar os copos e tirar bem a gordura e as marcas de batom, vejo aquela espuma grande, densa e grossa surgindo do nada, bem rápido e hmm, me dá uma vontade de morder aquela esponja fofinha, cheinha de espuma e sabão, “hmm, que espuminha e que esponjinha gostosa!”.
Quando eu era criança eu fazia isso durante o banho. Mordia a esponja e mordia com força, era tão gostoso. Durante o banho eu esfregava bem o sabão na esponja molhada, apertava pra fazer se já tava produzindo espuma e mordia com gosto “ah como era bom, puta que pariu!”. Eu nem me importava daquela espumarada toda transbordar da esponja e entrar na minha boca, não tinha problema porque era uma delícia morder com força a esponja e sentir aquela sabãozada em forma de espuma enchendo a minha boca. E além do mais, eu ficava com a boca limpinha, com gostinho de sabonete lux ou qualquer outro que eu estivesse usando no momento. Muito bom!
Lavar a louça é a melhor limpeza que tem, não existe igual. Escovar os dentes, esfregar bem o chão com a vassoura pra lavar o banheiro e a cozinha, lavar roupa e outras paradas também são boas porque produzem bastante sabão, mas nada se iguala a lavar louça. É tão bom que tem vezes que dá vontade de pegar a esponja, entupir de sabão e sair esfregando a casa inteira, como se as paredes fossem uns pratos enormes e as janelas grandes copos de vidro e os azulejos do banheiro e da cozinha, louças de porcelana. Ui, ui, delícia!
Sabão, sabão, sabão... Espuma, espuma, espuma... imagina uma grande cachoeira de espuma? Hmm, e quando o frentista do posto resolve dar uma lavadinha nos vidros do carro? Ele pega aquele chumaço gigante de esponja e sai esfregando tudo. Eu fico lá dentro do carro só assistindo, me deliciando por dentro... ai, que inveja do frentista, queria tanto que fosse eu que estivesse lavando os vidros... é tão delicinha fazer isso...
sexta-feira, 27 de junho de 2008
Caracaaaaaaaaaaaa, descobri o que que eu vou ser quando crescer, quer dizer, o que eu vou ser daqui há uns tempos. Vou ser crítica de funk, cara. É isso, essa é a minha verdadeira vocação.
Não existe crítico de rock? Então, por que que eu não posso ser crítica de funk.
É isso, vou ser crítica de funk!
Não existe crítico de rock? Então, por que que eu não posso ser crítica de funk.
É isso, vou ser crítica de funk!
Assinar:
Postagens (Atom)