quarta-feira, 1 de outubro de 2008

O que que eu posso fazer se as pessoas não entendem que simplesmente não da pra não escrever?

domingo, 31 de agosto de 2008

Dois mundos de palavras

Uma turma inteira olhando pra mim
31 pessoas olhando pra mim
Ops, 32, entrou uma aluna nova

Transito do português para o inglês como uma doida
Tem horas que me parece impossível sair do inglês
Tento expressar o português, mas as palavras só saem em inglês
Balanço a cabeça e espanto ele

Em outras horas, só o português parece presente
Procuro as palavras em inglês na minha cabeça, mas elas não aparecem
Dou uma disfarçada e falo outra coisa

Transito do português para o inglês como uma doida
E tem horas... ah essas horas!
Tem horas que eu fico perdida no meio do caminho

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Eu gosto do que eu gosto e pronto.
Se alguém não gosta ou acha ridículo ou tosco ou sem sentido ou não entende ou idiota, problema. Problema de quem não gosta eu não posso fazer nada. NADA!
Eu gosto porque eu gosto, porque eu acho bonito e poético e genial.
Eu gosto e pronto, não quero ficar explicando o meu tesão. Aliás, eu nem sei explicar o meu tesão, não sei nem quero saber.
Agora chega, eu não vou mais ficar me explicando.
Eu gosto e pronto, acabou. Assunto encerrado e não se fala mais nisso.
Bye!

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Escrever pra viver ou viver pra escrever?

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

I free a lion a day.

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

É preciso fazer as pazes com o passado e deixar o fantasmas partirem.

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

A verdade é que escrever é bom pra caralho.
Por isso que apesar das milhares de dificuldades ninguém tenta parar.
Pronto, falei!
Ufa!

terça-feira, 5 de agosto de 2008

"Prefiro o erro próprio ao acerto alheio!"

(Maluh Guimaraens)




Ela arrasa, né?

segunda-feira, 28 de julho de 2008

Ansiedade

Ela senta, levanta, faz xixi, senta de novo, cruza as pernas, lembra do cigarro, fuma com vontade, cheira a mão, lava com sabão, se olha no espelho, penteia o cabelo, passa batom, sente fome, vai ao mercado, puxa papo com o companheiro de fila, puxa papo com a caixa, ouve uma cantada cretina, se arrepende do shortinho, ouve uma cantada fofa, dá uma risadinha discreta, “ah shortinho bonito”, pega o elevador, passa na vizinha, faz fofoca, fala mal do cheiro, ou melhor, “DA MURRINHA” de cachorro no elevador, “ninguém merece essa vizinha porca que não cuida do cachorro direito”, abre a porta, fecha com raiva, bota uma música, dança com vontade, sua, se cansa, deita no sofá, pensa, pensa, pensa, se xinga de idiota e dispensa. O pensamento volta sozinho, se obriga a não pensar, pensa “ih tá passando a novela das seis”, vê novela, se irrita, xinga todo mundo, vê novela de novo, acha bonitinho, sente inveja do beijo, desliga a tevê. Toma banho, seca o cabelo, faz chapinha, passa um batom roxo bem forte, canta e dança ao som de Amy, passa desodorante, fica com os braços abertos embaixo do ventilador até secar. Põe a roupa, dá uma conferida geral no espelho, bate na própria bunda, “vão bora, gostosa!”, ri de si mesma, dá outra batida na bunda “vão bora, magrela!”, apaga a luz e sai. Pega o elevador, faz pose no espelho, mexe no cabelo, faz biquinho, beija o espelho, suja tudo de batom, dá uma lipadinha rápida e se manda pra rua. Vai pro ponto de ônibus no passo apertado. Nem ela sabe pra que tanta pressa, mas não quer nem saber, continua no passo apressadinho. Chega na Lapa, dá um gritinho básico quando encontra as pessoas, acende um cigarro, sorve a cerveja, fala, fala e fala. Quando acaba o assunto ela inventa, conta piadinha sem graça, pula e faz uma dancinha. Bebe mais cerveja, diz que tá com uma saudade de fulano. Quando o cigarro acaba ela esfrega as palmas das mãos no quadril, tenta conter o que tem dentro. Não consegue, tira o funk mais sórdido do momento e sai cantando e rebolando. Ela chora, ri e faz xixi. Ninguém agüenta mais tanta presepada, mas ela não consegue parar, ela precisa continuar. Ela abraça fulano, aperta beltrano e agarra ciclano. Ela perturba todo mundo. Ela cutuca e alisa só pra provocar. Alguém reclama e ela dá uma risadinha irritante, achando tudo uma beleza, super divertido. Ela sente vontade de armar um barraco só pra animar o povo, mas não tem com quem brigar. Ela desiste. O cansaço chega, ela senta e sossega. Dão seis horas da manhã, ela dá beijinho em todo mundo e vai embora. Chega em casa, vai tirando a roupa pelo caminho e taca tudo mo chão do banheiro. Arranca o sutião apertado com vontade. Se enfia só de calcinha debaixo do edredon toda feliz, sente o colchão macio e acha tudo muito confortável, “ai que beleza de caminha”. Tem um último pensamento antes de dormir “ai, adorei a noite de hoje”. Desaba na cama e se entrega aos braços de Morfeu sem culpa. Não há nada como saciar uma ansiedade.

quarta-feira, 9 de julho de 2008

Cansada

Eu desisto de me comportar
Desisto de pentear os cabelos e fazer a concordância das palavras
As pessoas me ouvem, viram pro lado e me olham como se eu fosse pobre e burra


Eu desisto de cantar o que é cult e interessante
desculpa, rock, eu te amo, mas agora não vai dar
vou berrando um funkão pelo meio da rua toda feliz
canto e penso que funk é a coisa mais genial que já podiam ter inventado
as pessoas me olham como se eu fosse baixa, chula e oferecida


Desisto de falar bonito e tentar parecer inteligente
eu levanto a mão e faço comentários bobos na sala de aula
as pessoas me olham como se eu fosse idiota e retardada
eu falo mais merda e dou um sorrisão, toda orgulhosa da abobrinha que eu soltei


Desisto de me dar ao trabalho de escolher alguma vestimenta aceitável socialmente
Desisto de dormir o suficiente para as olheiras se mandarem
me olham assustada e eu penso “Calma, moço, não me olha assim, pode ficar descansado que eu não uso drogas. Pelo menos não as ilícitas, eu acho.”

Desisto de correr atrás dos ônibus, vou andando calmamente até o ponto enquanto passam três que servem pra mim
entro e passo o riocard na moral, me jogo no banco, ignoro a velhinha que procura aflita por um lugar, relaxo e tiro o meu jaleco na cara de pau
me olham feio de rabo de olho
eu penso “nem adianta achar ruim, querida, riocard é o que há, eu vou continuar dando o meu calote de todo dia”


Eu desisto de “get a good grade”
peço ponto pra passar e a professora me esculacha
digo que a faculdade é muito importante pra mim
a professora me pergunta como? Se eu mal me esforço pra passar de período
eu me calo, desisto de argumentar
prefiro nem falar
que a faculdade é importante, não a matéria dela


Eu desisto, desisto, desisto
vou desistindo de tudo que me parece inútil
sigo sendo só esculachada
ó meu deus, estou sendo julgada!
ai, ai... me sinto tããão cansada