Até que esse reveião foi legalzinho. Deu pra rir um pouco. Não tanto quanto eu precisava, mas pelo menos foi melhor do que o do ano passado que foi um caos total e do ano retrasado? Pô, o do ano retrasado nem se fale. Foi tão ruim que chegou a ser deprimente. Sério mesmo. Eu e um ex-namorado não conseguimos ver os fogos e pra finalizar a noite passamos a noite inteira peidando. Que tristeza, meu deus.
Tudo bem que eu não posso reclamar tanto assim porque fui eu que comecei, mas putz, não tava dando. Não conseguia me segurar. Foi sem querer. Os flatos escapavam-me pelo ânus se que eu conseguisse prendê-los. Minha barriga tinha virado uma bomba atômica e os gases tinham que sair se não eu explodia por dentro. Mas também, foi culpa da monotonia. Passei o ano novo tão entediada que tive que comer pra preencher o meu vazio existencial.
Antes tivesse ficado com o vazio porque aquela comilança toda acabou em guerra. Guerra de peido. Sério mesmo. Meu ex-namorado, já cansado e com raiva dos torpeidos que eu mandava sem parar, sentou torto, com o cócci colado na poltrona, botou o cu pro alto e começou a peidar também. Caralhouuu! O que foi aquilo meu deus? Eu quase morri sufocada. Que horror. Ele tava peidando pior que eu e ainda dizia “bem feito, agora você vai ver”. Bem, que ele já tinha me avisado. Sempre que eu começava com o festival de gases ele falava “Pára com isso, pô, perde o encanto!”, mas eu nem ligava, então uma hora só podia dar nisso.
Mas putz, uma coisa é sentir o seu próprio peido, outra coisa é sentir o cheiro do peido alheio. Não dá não, cara. É foda de agüentar. Tem até um frase do Ziraldo que diz “Quem nunca se deliciou com o cheiro do próprio peido?” Com o próprio peido a gente pode até se deliciar de vez em quando se se livrar dos pudores, mas com o alheio eu nunca consegui não. Inclusive esse cara mesmo que eu namorei dizia meter o nariz embaixo das cobertas de vez em quando pra dar uma saboreada no cheirinho gostoso.
Comecei a me arrependar amargamente daquela peidação toda. Eu queria parar. Aquela coisa fétida que saía do orifício anal do meu ex-namorado entrava pelas minhas narinas e me deixava enojada. Porém. Entretanto. Todavia, eu ainda tava cheia de gases e de vez em quando mandava mais um pra me aliviar e, é claro, me vingar também. Eu perdia a batalha mas por algum motivo me recusava a perder a guerra. Botava o nariz dentro do casaco e mandava guerreiramente o meu especialíssimo peido ninja: silencioso mas fatal.
Não tava nem mais acreditando que aquilo estava se passando debaixo do meu nariz. Eu e o homem que eu dizia amar nos vingávamos reciprocamente sem parar, fazíamos guerra de peido, virávamos o anos literalmente. Era engraçado e deprimente ao mesmo tempo. Foi a cena mais tragicômica que eu presenciara naquela época. Algo que tinha sido motivo de orgulho entre os amigos do Menino Maluquinho se tornara motivo de discórdia de um casal. A vida é mesmo irônica. What can I do?
Well, to tell you the truth, I know. Agora eu aprendi. Não peido mais. Eu me comporto. Virei uma mocinha educada. Então, quando o peido vem descendo pela barriga eu me concentro. Fecho os olhos, aperto bem o cu e não deixo ele sair. Chega dessa vida suína.
Mas se ano que vem eu finalmente conseguir virar o ano vendo fogos vai ser bom que eu vou poder peidar à vontade porque ninguém vai ouvir, o barulho dos fogos abafa tudo, hehehe...
- - - -
O título desse texto é imitação de outra parada, eu sei. Mas é assim que é e é assim que vai ficar.
segunda-feira, 5 de janeiro de 2009
Aqui em Praia Seca eu não tenho feito quase nada além do meu trabalho da facul. Então, quando não estou fazendo o meu trabalho que é quase nunca porque eu enrolo horrores, eu tenho basicamente cuidado do corpo. Vou à praia, pego um bronzeado, como salada, tomo banho com a água daqui que é da chuva, passo hidratante no corpo, respiro ar puro, caminho de manhã lá em cima na rua em frente a praia e caminho na areia. Gente, como é bom caminhar na areia! A bunda fica durinha. Eu pensava que isso era papo furado do povo, mas não é não, fica mesmo. Faz séculos que eu não vejo a minha bunda assim, tão empinadinha. Tô tão orgulhosa dela que toda hora dou uma passadinha em frente ao espelho e levanto a saia pra olhar. Ó que bundinha fofa que eu tenho. Ai... Putz, é bom e tudo mas tem uma hora que enche o saco. É que nem quando você sai toda arrumadinha, parecendo uma almofadinha estofada, e não quer se mexer pra não amassar a roupa. No começo é divertido, você se sente toda bonitona e tudo mas chega uma hora que não dá mais, você cansa de ficar com a coluna reta e o batom impecável no lábio. Quando eu fico assim, parada que nem uma estátua, parece que não sou eu mesma, sei lá... Eu fico imaginando essas mulheres que vivem do corpo... meu deus, coitadas... como elas agüentam? É bom, bom pacas se sentir bonita e se cuidar, mas ficar fazendo só isso dá no saco de qualquer um. Cansa porque chega um momento em que você sente que ta faltando alguma coisa. É vazio. Agora eu entendo quando a Clarah fala das coisas afundadas em futilidade que não têm um pingo de alma.
sexta-feira, 19 de dezembro de 2008
sexta-feira, 28 de novembro de 2008
sexta-feira, 21 de novembro de 2008
Praia: um estado de espírito
Ai meu deus, que saudade de ir pra praia. Mas não posso nem pensar em praia que chega a me dar agonia de tanta saudade que eu tô de praia e de tanto tempo que eu tô sem ir.
Mas agora nem vou me estressar porque do jeito que esse tempo tá chuvoso, nem vale a pena pegar uma praiana. Imagina? Se depilar toda, fazer um regiminho pra caber no biquíni, ficar com tudo em cima pra nada? Pra chegar lá e não pegar nem uma corzinha, pra sair de lá sem o gostinho de ter sido tocada pelo sol, sem nenhuma marquinha de biquíni pra contar história e, ainda por cima, se bobear passar um frio danado com aquela ventania de praia que deixa o cabelo tão enfarofado que não passa nem um alfinete. Ah não, não vale a pena não.
Porque praia é bom no verãozão mermo, sabe. É bom quando tá aquele calorzão com aquele solão que chega a rachar o quengo da gente e a gente fica debaixo do sol se escaldando, sentindo o coro queimar... e quando entra na água a pele chega a fazer tshhh!!! de tão quente. Aí vai esfriando aos pouquinhos e a gente vai se refrescando... Que beleza!
Bom também é quando tá muito quente e a água tá aquela geladeira. Pra entrar é um sacrifício, a gente dá um pulo pra trás quando a água bate no pé e depois que vai entrando na beirinha o nosso pé chega a ficar com dor de cabeça de tão gelada que a água é. Mas depois que acostuma, não quer outra vida, fica que nem pingüim no gelo, só se refrescando, nadando naquele piscinão que é o mar. Que delícia, meu deus! Não tem coisa melhor que isso não. E a pele? A pele parece que ta nascendo de novo naquela água revigorante. E o cabelo então? Ah o cabelo nem se fala. Fica sedosinho. Não existe melhor produto de beleza do que esse não, gente.
Bom também é a hora que a gente sai da água. A gente saí com o dedo murcho, sem nem sentir direito o pé, aí bate aquele ventinho, “uuhh!!” com aquele friozinho que a gente chega a se tremelicar toda. Aí vai direto pra areia se esparramar no quentinho. Tem gente que nem pensa duas vezes, se taca na areia e fica lá, que nem frango empanado, nem aí pra nada, com areia por tudo que é lado se esquentando de novo. Mas assim mesmo que é bom, ficar ali entregue à areia sentindo aquele ventinho de praia com o sol batendo na pele e com a cara virada pro lado olhando pro mar verdinho batendo no céu azulão, “aquele azul que deslumbrava e endoidecia a gente”: Meio dia a gente foge, “a areia tá pelando”. Ah mas é tão bonito, o azulão encontrando com o mar, lá longe... no horizonte, “onde a água e o céu dão um abraço infinito”.
Eu me esparramo na areia quando o frio tá demais, dispenso a canga e vou logo me tacar na areia quentinha pra ver se esquenta mais rápido. Pra que ser fresca e cheia de nojo se eu posso ficar me empanando, farofando e dando umas roladinhas na areia pra fazer estilo bife à milanesa? As pessoas podem falar o que for, mas não tem coisa melhor não. Sou farofeira mesmo. Quem nasceu pra arroz com feijão nunca chega a scargot, graças a deus. Ai, por que que eu relutei tanto contra isso? Como eu fui boba, como eu fui burra.
Tem coisas que lá no fundo a gente sabe que é, mas demora à beça pra aceitar...
Mas agora nem vou me estressar porque do jeito que esse tempo tá chuvoso, nem vale a pena pegar uma praiana. Imagina? Se depilar toda, fazer um regiminho pra caber no biquíni, ficar com tudo em cima pra nada? Pra chegar lá e não pegar nem uma corzinha, pra sair de lá sem o gostinho de ter sido tocada pelo sol, sem nenhuma marquinha de biquíni pra contar história e, ainda por cima, se bobear passar um frio danado com aquela ventania de praia que deixa o cabelo tão enfarofado que não passa nem um alfinete. Ah não, não vale a pena não.
Porque praia é bom no verãozão mermo, sabe. É bom quando tá aquele calorzão com aquele solão que chega a rachar o quengo da gente e a gente fica debaixo do sol se escaldando, sentindo o coro queimar... e quando entra na água a pele chega a fazer tshhh!!! de tão quente. Aí vai esfriando aos pouquinhos e a gente vai se refrescando... Que beleza!
Bom também é quando tá muito quente e a água tá aquela geladeira. Pra entrar é um sacrifício, a gente dá um pulo pra trás quando a água bate no pé e depois que vai entrando na beirinha o nosso pé chega a ficar com dor de cabeça de tão gelada que a água é. Mas depois que acostuma, não quer outra vida, fica que nem pingüim no gelo, só se refrescando, nadando naquele piscinão que é o mar. Que delícia, meu deus! Não tem coisa melhor que isso não. E a pele? A pele parece que ta nascendo de novo naquela água revigorante. E o cabelo então? Ah o cabelo nem se fala. Fica sedosinho. Não existe melhor produto de beleza do que esse não, gente.
Bom também é a hora que a gente sai da água. A gente saí com o dedo murcho, sem nem sentir direito o pé, aí bate aquele ventinho, “uuhh!!” com aquele friozinho que a gente chega a se tremelicar toda. Aí vai direto pra areia se esparramar no quentinho. Tem gente que nem pensa duas vezes, se taca na areia e fica lá, que nem frango empanado, nem aí pra nada, com areia por tudo que é lado se esquentando de novo. Mas assim mesmo que é bom, ficar ali entregue à areia sentindo aquele ventinho de praia com o sol batendo na pele e com a cara virada pro lado olhando pro mar verdinho batendo no céu azulão, “aquele azul que deslumbrava e endoidecia a gente”: Meio dia a gente foge, “a areia tá pelando”. Ah mas é tão bonito, o azulão encontrando com o mar, lá longe... no horizonte, “onde a água e o céu dão um abraço infinito”.
Eu me esparramo na areia quando o frio tá demais, dispenso a canga e vou logo me tacar na areia quentinha pra ver se esquenta mais rápido. Pra que ser fresca e cheia de nojo se eu posso ficar me empanando, farofando e dando umas roladinhas na areia pra fazer estilo bife à milanesa? As pessoas podem falar o que for, mas não tem coisa melhor não. Sou farofeira mesmo. Quem nasceu pra arroz com feijão nunca chega a scargot, graças a deus. Ai, por que que eu relutei tanto contra isso? Como eu fui boba, como eu fui burra.
Tem coisas que lá no fundo a gente sabe que é, mas demora à beça pra aceitar...
quarta-feira, 5 de novembro de 2008
Quando a dor vem, ela chega bem vinda
já era de se esperar a sua chegada
sabia-se que mais cedo ou mais tarde ela viria
ela sempre vem
o frio congelante do inverno sempre chega
já não se foge mais em desespero
já se dispensa o cobertor quente
o pé vai gelando aos poucos
quando a dor chega
ela pega um copo, se serve e senta do meu lado
a gente conversa a madrugada toda
quando eu acordo, ela já se foi
eu faço café, ligo uma música e deixo rolar
é preciso curtir
não se sabe quando ela vai voltar
já era de se esperar a sua chegada
sabia-se que mais cedo ou mais tarde ela viria
ela sempre vem
o frio congelante do inverno sempre chega
já não se foge mais em desespero
já se dispensa o cobertor quente
o pé vai gelando aos poucos
quando a dor chega
ela pega um copo, se serve e senta do meu lado
a gente conversa a madrugada toda
quando eu acordo, ela já se foi
eu faço café, ligo uma música e deixo rolar
é preciso curtir
não se sabe quando ela vai voltar
quarta-feira, 1 de outubro de 2008
domingo, 31 de agosto de 2008
Dois mundos de palavras
Uma turma inteira olhando pra mim
31 pessoas olhando pra mim
Ops, 32, entrou uma aluna nova
Transito do português para o inglês como uma doida
Tem horas que me parece impossível sair do inglês
Tento expressar o português, mas as palavras só saem em inglês
Balanço a cabeça e espanto ele
Em outras horas, só o português parece presente
Procuro as palavras em inglês na minha cabeça, mas elas não aparecem
Dou uma disfarçada e falo outra coisa
Transito do português para o inglês como uma doida
E tem horas... ah essas horas!
Tem horas que eu fico perdida no meio do caminho
31 pessoas olhando pra mim
Ops, 32, entrou uma aluna nova
Transito do português para o inglês como uma doida
Tem horas que me parece impossível sair do inglês
Tento expressar o português, mas as palavras só saem em inglês
Balanço a cabeça e espanto ele
Em outras horas, só o português parece presente
Procuro as palavras em inglês na minha cabeça, mas elas não aparecem
Dou uma disfarçada e falo outra coisa
Transito do português para o inglês como uma doida
E tem horas... ah essas horas!
Tem horas que eu fico perdida no meio do caminho
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